O que é a logística inversa?

A logística inversa inclui todos os métodos de devolução de produtos ao armazém do fabricante. Isto pode ser feito para eliminação, reciclagem ou reparação de produtos, com o objetivo óbvio de minimizar os custos e manter a produtividade da empresa.

À medida que o comportamento do comprador se desloca cada vez mais para as encomendas online, mesmo após a reabertura das lojas físicas nesta época de pandemia global, as encomendas de comércio eletrónico só aumentam e é lógico ver, nas mesmas proporções, o número de devoluções ao armazém multiplicar-se também. 

Os produtos são devolvidos porque : 

• O cliente não está satisfeito: o que encomendou não corresponde ao que esperava e não corresponde às suas expectativas, 
• O produto está defeituoso: o cliente pede uma troca ou reparação, 
• O produto tornou-se obsoleto: o cliente devolve-o diretamente à empresa em vez de o deitar fora (é o caso de muitos objectos tecnológicos, por exemplo),
• O ponto de venda deseja repor os produtos em stock no armazém: por exemplo, quando as celebrações do fim do ano terminam e a empresa fica sem brinquedos de Natal, 
• Etc. 

Trata-se, portanto, do processo oposto ao seguido pela cadeia de abastecimento: queremos chegar ao fabricante e não ao cliente. 

De volta ao ponto de partida, as empresas são confrontadas com várias opções no que respeita à gestão dos artigos devolvidos.

• Reembalagem

Cabe à empresa recolocar à venda um produto devolvido pelo cliente. Para gerir eficazmente o processo de revenda, a empresa deve estar perfeitamente organizada. De facto, é necessário poder gerir a conformidade do produto antes de o recolocar à venda;

• Tomada 

A empresa continua a querer garantir uma rentabilidade financeira do produto. Se, uma vez devolvido não puder ser revendido através dos canais de distribuição habituais  (fim de coleção no sector do vestuário ou pequeno defeito no produto), pode, no entanto, ser distribuído numa loja outlet. 

•  Reparação

Produtos danificados pppodem ser devolvidos e reparados se contiverem um componente em fim de vida.

• Canibalização ou recuperação de componentes

A canibalização consiste em recuperar componentes do produto no fim da sua vida. Estes componentes devem permanecer em conformidade com as normas para poderem ser potencialmente reintegrados em novos processos e, assim, reutilizados noutros produtos;

• Redução dos rendimentos: atuar a montante

Porque algumas empresas não podem despender tanto tempo e dinheiro para identificar e analisar cada devolução para as atualizar, desmontar ou armazenar. Para isso, a utilização de um sistema de gestão de armazém é essencial. A empresa deve armar-se com tecnologia digital e automação para limitar os erros durante a preparação do pedido e, assim, aumentar a satisfação do cliente;

Colocar o produto novamente à venda após a devolução ou eliminá-lo de forma correcta é um benefício para a empresa.Por isso, deve pensar na melhor forma de gerir as suas devoluções, de acordo com o seu sector de atividade, e aproveitar as oportunidades certas.